Sabemos que dores de garganta e febre são muito frequentes, principalmente na idade escolar e de adolescentes. Existem várias causas, sendo a bacteriana uma das mais vistas, tornando necessário o tratamento específico.
Porém, devemos ficar atentos (principalmente na faixa etária dos adolescentes) com um tipo especial de infecção causada por um vírus (VEB ou Epstein Barr) chamada Mononucleose, conhecida pelo apelido de “Doença do beijo”.
Este apelido se deve à transmissão que é feita pela saliva, mas não necessariamente pelo beijo. Também é chamada de “Doença das mil faces”, pois pode simular várias outras, com evoluções diversas.
Temos que pensar neste diagnóstico quando percebermos uma amigdalite arrastada, com placas esbranquiçadas nas amígdalas e que não respondem aos efeitos de antibióticos.
Outras diferenças do quadro comum das amigdalites, além do tempo de duração da doença (3 a 4 semanas) são: fraqueza, grande dificuldade para engolir, alterações no fígado e baço, vermelhidão no corpo (exantema) que pode estar associada ao uso de determinados antibióticos.
O período de incubação pode ser longo, de até 2 a 3 semanas e a transmissão também pode ser prolongada, às vezes até meses.
O tratamento é feito com sintomáticos, e dependendo da evolução e de complicações, de maneira mais específica.
O diagnóstico, além de clínico, é feito por exames específicos de sangue (sorologia).
A importância de se conhecer estes pequenos detalhes serve para pensarmos neste diagnóstico, pois o acompanhamento e o tratamento é diferenciado de uma amigdalite comum.
Colaboração:
Dr. Augusto Pisati
Especialista em:
Pediatria
1 Comentário
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